Com poucas exceções, a velha mídia evita comentar o
lançamento do livro "A privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior.
Para pressionar por investigações do caso, que traz documentos sugerindo o
envolvimento de lideranças do PSDB com corrupção durante privatizações
realizadas na década de 1990, até o envio de exemplares da obra ao
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, viram forma de pressionar por
investigação.O livro é produto de dez anos de
trabalho do autor. Ele reúne documentos sobre a venda de estatais principalmente
durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, com destaque para o das
telecomunicações. Casos como a lavagem de dinheiro por meio do Banestado, banco
público do Paraná, de 1996 a 2000, acusações contra o presidente da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e a versão do jornalista sobre as
acusações contra ele no caso dos supostos dossiês contra lideranças tucanas na
eleição de 2010 também fazem parte da obra.
Ricardo Sérgio de Oliveira,
ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil de 1995 a 1998 e
ex-tesoureiro de campanha do PSDB, e o ex-governador paulista José Serra são
dois dos principais alvos. Pelo menos são os que saem mais maculados. Ricardo
Sérgio é apontado como "artesão" dos consórcios para a privatização – com
suposto direito a propina por meio de escritórios nos Estados Unidos e em
paraísos fiscais para lavar o dinheiro ao trazê-lo ao país. Já Serra tem sua
filha, Verônica, e outros parentes elencados também como destino de dinheiro
desviado, ainda segundo as conclusões do autor.
Conceição de Oliveira, do
blogue MariaFrô, acompanhou a movimentação dos veículos de comunicação
tradicionais na sexta-feira (9), data em que os exemplares começaram a ser
vendidos em livrarias e que o conteúdo da obra foi noticiado. Enquanto a notícia
se espalhava por blogues e pelas redes sociais, o título de uma nota na Folha de
S.Paulo falava apenas em "polêmica".
Diante do cenário, Eduardo
Guimarães, autor do Blog da Cidadania, propôs uma forma inusitada de pressão.
Ele afirma ter enviado pelo Correio um exemplar do livro a Roberto Gurgel
acompanhado de uma carta pedindo apuração sobre as conclusões do livro. Ele
sugere que seus leitores façam o mesmo "para que os crimes dos ladrões de
patrimônio público não fiquem impunes". O protesto custaria "nem R$ 50", segundo
cálculos do blogueiro.
Para saber mais sobre o lançamento do livro do Amaury, clique no link abaixo:
http://vereadorserginhomartins.blogspot.com/2011/12/chega-as-livrarias-privataria-tucana-de.html
http://vereadorserginhomartins.blogspot.com/2011/12/chega-as-livrarias-privataria-tucana-de.html
Fonte: Rede Brasil Atual
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