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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Desmatamento na Amazônia cai 11,7% e País cumpre a redução assumida em Copenhagen

O desmatamento na Amazônia atingiu os menores níveis desde 1988. A área desmatada de agosto de 2010 a julho de 2011 foi de 6,2 mil Km² - 11,7% inferior aos 7 mil Km² registrado no mesmo período entre 2009-2010, de acordo com Prodes, sistema que monitora anualmente o desflorestamento em áreas de até 6,25 hectares, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os números deste ano revelam que o Brasil cumpre as metas de redução do desmatamento assumidas na Conferência do Clima, em Copenhagen, em 2009.

Até 2020, a redução deve ser de 80% do desmatamento, de acordo com a Política Nacional sobre Mudanças Climáticas, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo Executivo. Com a devastação em queda, o objetivo agora é investir na recuperação de áreas do bioma que já foram desmatadas e estão abandonadas. “O que está em debate hoje não é só coibir o desmatamento, temos que avançar em relação ao que está em regeneração na Amazônia”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Cerca de 20% de toda a área já desmatada na Amazônia são ocupadas por vegetação secundária, áreas que se encontram em processo de regeneração avançado ou que tiveram florestas plantadas com espécies exóticas, de acordo com levantamento feito pelo Inpe e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Estimativa - A estimativa apresentada na última segunda-feira (5) pelo Ministério do Meio Ambiente baseou-se na análise de 96 imagens, que cobrem 90% de todo o desmatamento na região. E deverá ser complementada pelo diagnóstico de mais 117 imagens restantes, necessárias para cobrir a área de floresta na Amazônia Legal. A margem de erro é de 10% e os números finais saem em meados de 2012.

O estudo aponta que Mato Grosso e Rondônia foram os estados que mais desmataram no período. O Pará registrou uma redução de quase 900 Km². Oito novos municípios entraram na lista dos prioritários de operações de fiscalização.

Desde abril, foram feitas fiscalizações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e o Exército, que estancaram o crescimento medido pelo Inpe na virada do ano.

Banco negociará crédito de carbono

A Caixa Econômica Federal e o Banco Mundial assinaram, na última segunda-feira (5), o primeiro acordo de compra e venda de Emissões Reduzidas, junto ao fundo Carbon Partnership Facility (CPF), para negociar créditos de carbono no mercado global. O acordo permitirá a Caixa oferecer financiamento para implantação de aterros sanitários, tendo como garantia acessória do empréstimo as receitas geradas pela

Redução Certificada de Emissões (RCE), também conhecida como crédito de carbono, lastreadas com recursos do CPF. Na ocasião, também foi assinado acordo de empréstimo de US$ 50 milhões para aplicação em projetos de resíduos sólidos urbanos e financiamento de carbono.

Pela parceria, além de disponibilizar recursos para redução dos principais impactos sociais e ambientais, a Caixa passa também a fomentar operações de financiamento, por meio das receitas de crédito de carbono, e estimular o segmento de Resíduos Sólidos Urbanos, já que, para se obter a garantia do crédito, será necessária a preparação e entrega de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Fonte: Secom.

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