Está aprovado oficialmente e já começa a ser implantado o órgão de regulação da imprensa britânica. Com chancela da Rainha Elizabeth II (“Royal Charter”, uma carta real) e tudo mais… O país tinha uma autorregulação antes, não escrita, e que tentavam que funcionasse mais na prática, o que nem sempre correspondeu ao que os ingleses precisavam.
Agora criou-se o
órgão oficial regulador da imprensa na Grã-Bretanha, que vem na esteira daquele
escândalo de invasão da privacidade e uso de espionagem contra inúmeras
personalidades, com cumplicidade da polícia e tudo com conhecimento da direção
das redações e das empresas dos jornais – do magnata australiano da mídia,
Rudolph Murdoch, e dos demais jornalões.
O novo órgão poderá
aplicar multas de até 1 milhão de libras (R$ 3,7 milhões), além de impor
correções e pedidos de desculpas por parte dos jornais e revistas. Estabelece
ainda um código de conduta que pede “respeito pela privacidade onde não houver
suficiente justificativa de interesse público”. Agora, lá, qualquer pessoa
atingida por reportagens poderá acionar o órgão. O texto afirma que não há
possibilidade de censura prévia.
Sistema
regulador inglês foi elaborado e aprovado por governo e oposição
O órgão regulador
inglês passou no Parlamento com apoio dos dois tradicionais partidos deles, o
Conservador (no governo) e o Trabalhista (oposição). Eles preferiram assim, e
mais a chancela real, para que seja permanente e não venha a ser mudado, ou extinto
quando ocorre revezamento no poder entre os dois tradicionais partidos deles, o
Conservador e o Trabalhista.
O sistema que passa
a reger a vida, as relações e práticas da mídia britânica começou a ser
reivindicado e foi inicialmente proposto a partir do Relatório Leveson, que
investigou os grampos ilegais praticados pelos jornais do grupo Mordoch. Tanto
que os jornalões e revistas britânicos se opuseram radicalmente à sua criação.
Tudo isso lembra a
situação, os abusos e absurdos cometidos num certo país aqui, ao sul do
Equador? No Brasil uma revista e um grupo editorial, a Veja e a Abril,
praticaram os mesmo atos, segundo denúncias públicas que constam nos inquéritos
referentes ao ex-senador cassado Demóstemes Torres (DEM-GO) e ao empresário
goiano da contravenção Carlos Cachoeira.
Aqui,
nada, absolutamente nada acontece nesse campo
Só a grita e a
resistência de nossa mídia quando se levanta a questão. Aí, quando isso ocorre,
tudo é taxado como tentativa de tolher a liberdade de expressão, como censura a
imprensa… Nem a CPI pôde investigar as relações da revista e da editora com as
denúncias que levaram à cassação do senador Demóstenes e à condenação de
Cachoeira.
Pelo contrário,
tudo é feito para colocar uma pedra em cima. As relações de um diretor da VEJA
em Brasília com as escutas ilegais e com os processados e condenados até hoje
estão à espera de uma investigação.
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