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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Texto interessante

Texto do meu amigo Jurandyr Malaman. Muito interessante.

Nem o Mestre Jesus aceitou a qualificação de bom, nos assegurando que só Deus é bom (Mt. 19,16). Como poderemos, então, fazer associação entre o adjetivo bom e a “indigna” figura do político? Se não existem homens e mulheres puros na Terra, existem, pelo menos, homens e mulheres de bem, que são aqueles cumpridores dos seus deveres, amorosos e justos, que têm fé em Deus e no futuro, são tolerantes e humildes, agem moderadamente e preocupam-se com o bem comum, dentre outras qualidades. Uma pessoa de bem, mesmo que raramente encontrada, pode ter interesse pela política? Deveria, pois a política estatal possibilita organizar e administrar as instituições públicas, sendo um instrumento importante para a condução ao bem-estar comum. No entanto, para uma pessoa de bem, a política pode ser muito mais difícil, surgindo a necessidade de enfrentar alguns desafios.
1.DESCONFIANÇA DA MAIORIA – Meu sogro costuma dizer que perde a confiança em uma pessoa no momento em que esta “entra” na política. Por melhor intencionado que seja o indivíduo, irá enfrentar olhares e gestos de descrença, pois a grande maioria tem a certeza de que todo político rouba, mesmo que não o faça nem deixe fazer. Aceitar ser fiscalizado e investigado constantemente é um sacrifício necessário para alcançar a confiança coletiva em uma função pública.

2.SINCERIDADE e COERÊNCIA – Os políticos tradicionais dizem o que as pessoas querem ouvir (gerar polêmicas não dá voto), enquanto um bom político deve falar o que as pessoas precisam ouvir, colocando-se como condutor de transformações, não só pelo que fala, mas, principalmente, através do seu próprio exemplo de comportamento. Observemos que os políticos menos sérios fogem dos debates, para que depois não sejam cobrados pelo que disseram.

3.INDULGÊNCIA E TOLERÂNCIA – O nosso mundo não é habitado por seres perfeitos. Frequentemente um político asqueroso e repulsivo irá se aproximar do bom político para acordos, pois também aqueles têm poder de negociação. Dentro das “regras do jogo” o bom político deve barganhar, sem, no entanto, aceitar ou permitir práticas inescrupulosas. Este deverá lembrar-se de Jesus junto aos publicanos (rejeitados pela maioria). Mesmo sentado à sua mesa, não compartilhava de suas ideias, pelo contrário, estimulava-lhes uma mudança de conduta, de modo respeitoso e amistoso. Tolerar e conviver com os infelizes interesseiros não quer dizer comungar com suas ideias e práticas. Se Jesus os aceitava em sua companhia, quem somos nós para não tratá-los como irmãos, mesmo que doentes e necessitados de esclarecimento espiritual?

4.DESAPEGO AO PODER – A capacidade de interferir, de determinar, de organizar a vida social, a exibição do nome e da imagem, o modo de tratamento diferenciado, a distinção social podem gerar um profundo apego ao poder que um cargo oferece. O orgulho e a vaidade têm que estar sob constante vigilância para que o interesse pessoal não suplante o interesse coletivo.

5.AUDÁCIA E HABILIDADE – Atuar com fé em Deus e no futuro e agir de modo determinado, sem prescindir do bom-senso. Ousar contribuir para mudar o que há de errado, envolver os demais com seus gestos e palavras, enfrentando os riscos da rejeição e impopularidade imediatos, mas que devam trazer bem-estar coletivo futuro. Tudo isso, no entanto, fica menos difícil quando há preparo e qualificação, além da experiência de vida ou profissional que dê segurança para o político agir em cada situação. Esta não é a enumeração de todos os desafios do bom político, mas aqueles que se esforçarem em enfrentá-los poderão contribuir de maneira expressiva para a melhoria de nossa sociedade.

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