Interessante o artigo de Paulo Ghiraldelli Jr., hoje na Folha. Sob o título, Frustração e ódio à democracia, o filósofo e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro chama a atenção ao papel da classe média conservadora, que seduz e é seduzida pelo discurso da moralidade e de combate à corrupção, principal bandeira da União Democrática Nacional (UDN) desde os tempos de Vargas.
Segundo Ghiraldelli Jr., o próprio PT, ainda tivesse uma série de propostas, já lançou mão do discurso ético e moral como carro chefe. Para ele, no entanto, com o partido participando de cargos executivos, o discurso ético perdeu força. “Foi então que uma parte da classe média, de mentalidade conservadora, agarrou o discurso moralista, contra a corrupção. Não tendo nenhum partido próprio, foram ao PSDB”, afirma.
Na visão do filósofo, esta mesma classe média conservadora, vendo a sua impotência eleitoral ganhar clímax nos fracassos do PSDB, vai para a internet para fazer política com as próprias mãos. E “despeja na rede toda a sua frustração e seu ódio à política democrática. Nesse tipo de onda, as pessoas começam a querer punições sem investigações acuradas, alimentando uma postura autoritária”, adverte.
Alerta ao udenismo
Ghiraldelli Jr. ressalta que, para os moralistas, a democracia passa a ser vista como algo ruim. Afinal, “ela parece só dar vitórias ao Lula ou, digamos, aos setores populares”. O professor conclui que, o ódio que os movimenta não está distante do que sempre existiu no interior do udenismo. E deixa um alerta claro: “não é porque esses setores não possuem porta de quartel para bater que eles não deveriam ser vistos como fomentando algo perigoso”.
Segundo Ghiraldelli Jr., o próprio PT, ainda tivesse uma série de propostas, já lançou mão do discurso ético e moral como carro chefe. Para ele, no entanto, com o partido participando de cargos executivos, o discurso ético perdeu força. “Foi então que uma parte da classe média, de mentalidade conservadora, agarrou o discurso moralista, contra a corrupção. Não tendo nenhum partido próprio, foram ao PSDB”, afirma.
Na visão do filósofo, esta mesma classe média conservadora, vendo a sua impotência eleitoral ganhar clímax nos fracassos do PSDB, vai para a internet para fazer política com as próprias mãos. E “despeja na rede toda a sua frustração e seu ódio à política democrática. Nesse tipo de onda, as pessoas começam a querer punições sem investigações acuradas, alimentando uma postura autoritária”, adverte.
Alerta ao udenismo
Ghiraldelli Jr. ressalta que, para os moralistas, a democracia passa a ser vista como algo ruim. Afinal, “ela parece só dar vitórias ao Lula ou, digamos, aos setores populares”. O professor conclui que, o ódio que os movimenta não está distante do que sempre existiu no interior do udenismo. E deixa um alerta claro: “não é porque esses setores não possuem porta de quartel para bater que eles não deveriam ser vistos como fomentando algo perigoso”.
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